Oncologia Ocular
A Oncologia Ocular é a subespecialidade responsável pelo diagnóstico e tratamento de tumores ou cânceres do olho.
Além das neoplasias primárias oftalmológicas, é de competência do oncoftalmologista diagnosticar e tratar as complicações oftalmológicas de tratamentos oncológicos, principalmente em neoplasias que exigem quimioterapia, radioterapia e transplante de medula óssea. Especialidade rara, também é indicada para o tratamento de infecções oculares oportunistas em pacientes imunossuprimidos em consequência do tratamento oncológico.
Com o envelhecimento da população, assim como o aumento da sobrevida após tratamentos oncológicos, esta especialidade torna-se cada vez mais importante no tratamento integral, na saúde e no bem estar do paciente oncológico.

O Carcinoma de Conjuntiva é um tipo de câncer que afeta a membrana que reveste a parte mais superficial dos olhos (conjuntiva). Os sintomas mais frequentes são: mancha esbranquiçada ou avermelhada que aumenta com o tempo, sensação de areia, ardência nos olhos e piora da visão.
O tratamento pode ser realizado com quimioterapia em forma de colírios ou, em casos mais graves, cirurgia para remoção da lesão suspeita. Uma vez realizada a cirurgia, o paciente pode ainda necessitar de tratamentos complementares que variam desde quimioterapia tópica até radioterapia.
É muito importante que o diagnóstico e tratamento sejam feitos o mais precocemente possível, visando preservar a visão e a saúde global do paciente.
O melanoma de conjuntiva é uma doença maligna da membrana que reveste a parte mais superficial dos olhos (conjuntiva). Assim como o melanoma de pele, ele se origina dos melanócitos, que são células pigmentadas do corpo.
No caso dos olhos, o melanoma pode surgir a partir de um nevus (comumente chamado de “pinta”) que o paciente possuía desde a infância, ou mais frequentemente, de uma pigmentação anormal da conjuntiva chamada de PAM (Melanocitose Primária Adquirida), que surge após a idade adulta.
Os principais sintomas são: mancha escura na parte branca do olho, ou na parte interna das pálpebras, com crescimento ou escurecimento progressivos.
O tratamento é cirúrgico, com retirada da lesão com biópsia (biópsia excisional) e crioterapia. Muitas vezes ainda é necessária complementação do tratamento com colírio de quimioterapia.
Por ser uma doença grave, com potencial de metástase e de piora da visão, deve ser diagnosticada e tratada o mais precocemente possível por um oncologista ocular.


O Melanoma de Coróide é um tumor maligno intraocular mais comum nos adultos. É mais frequente em pacientes maiores de 40 anos, com pele e olhos claros, sendo que a chance de desenvolver o Melanoma de Coróide cresce muito em pacientes com Melanocitose Oculodermal (Nevus de Ota).
Este câncer cresce em uma estrutura do fundo do olho chamada coróide, e é impossível de ser vista a olho nu, portanto só pode ser diagnosticada após exame de mapeamento de retina. Os principais sintomas são flashes de luz, moscas volantes, redução do campo visual, e baixa visão. Ainda assim, grande parte dos pacientes não possuem quaisquer sintomas no momento do diagnóstico.
O tratamento é realizado com um tipo de radioterapia chamado Braquiterapia, ou, em casos mais avançados, com cirurgia de enucleação (remoção do globo ocular).
Por ser um tumor com grande risco de metástase e mortalidade, é muito importante a realização do diagnóstico e tratamento precocemente por um Oncologista Ocular.
O Retinoblastoma é um tumor maligno ocular mais comum na infância e acomete crianças desde o nascimento até cerca de 6 anos de idade. Em cerca de 60% dos casos a doença surge por uma mutação genética espontânea e na maior parte das vezes acomete um único olho. Já em 40% dos casos, acomete crianças cujos pais já tiveram previamente a doença e recebem de maneira hereditária esta mutação. Nestes casos há 90% de chance de os dois olhos serem acometidos pelo tumor.
Assim, pais que já tiveram a doença devem garantir que seus filhos sejam examinados com frequência por um oftalmologista especialista, desde o nascimento. Mesmo pais que nunca tiveram a doença também precisam ter este cuidado, com seus filhos, garantindo ao menos um exame anual de fundo de olho às suas crianças.
Os sintomas mais comuns são: reflexo branco na pupila no teste do olhinho ou ao tirar fotografias (leucocoria), estrabismo, dor ocular ou vermelhidão dos olhos
O tratamento deve ser feito em conjunto com Oncologista Ocular e Oncologista Pediátrico, e inclui desde cirurgia oftalmológica, laser, injeção intraocular, até quimioterapia e radioterapia. É uma doença grave e com ameaça à vida, portanto quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maior a chance de cura.


O hemangioma de coróide é um tumor vascular benigno encontrado na coróide, estrutura que fica posicionada atrás da retina, no fundo do olho.
É considerado benigno pois não apresenta risco de metástase ou mortalidade, porém pode levar a baixa de visão dependendo da posição em que se encontra no fundo do olho, pois está associado a descolamentos de retina seroso e edema macular, ambas situações com potencial de cegueira.
O principal tratamento para este tumor é a Terapia Fotodinâmica (PDT). Neste procedimento o paciente recebe um corante por via intravenosa, chamado Verteporfirina, que irá se acumular no tumor. Em seguida, um laser é realizado na lesão tumoral e irá provocar a oxidação do corante e consequentemente o fechamento dos vasos sanguíneos que formam o tumor.